MARIA MÃE DA IGREJA

Filho eis a tua Mãe

Em João 19, 26-27 Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho” e depois disse a João “Eis aí tua mãe”.
Esse é o momento em que Maria se tornou a Mãe da Igreja, a palavra que nos chama a sermos irmãos de Jesus.
Sou batizado na Igreja Católica desde pequeno, quando a minha mãe (o nome dela: Aparecida) era Católica uma mulher de muita oração (ela rezava o terço todos os dias e também nas casas dos vizinhos), eu me lembro dos domingos na Igreja de São Miguel (Marília – SP) na Santa Missa celebrada, naquele tempo pelo Frei Tomé (o Frei Tomé celebrou o meu casamento e batizou o meu filho Vinicius), logo os meus pais se converteram ao protestantismo por uma forte pressão da minha avó paterna que tinha convertido e exigia que toda a família se convertesse também.
A partir desse tempo, fui levado por meus pais a participar dessa nova vida de fé, já que eu era muito pequeno.
Sem entender o que se passava fui absorvendo toda a doutrina protestante, criando aversão aos Santos, a Mãe de Jesus e a Cruz.
Tudo era tão natural que conforme eu crescia, comecei a ir à escolinha dominical por conta da vontade do meu pai (Vicente), só que aos poucos fui me rebelando com aquela imposição e os rigores da vida de um crente em vez de confirmar o caminho determinado por meu pai foi me afastando da igreja.
Somos em seis filhos homens, sendo eu o quarto filho, mas nenhum se converteu ao protestantismo, mas o meu pai tinha uma grande expectativa de que eu o seguisse na sua igreja.
O meu irmão mais velho (Clovis, pregador da RCC) começou a ir à Igreja de São Miguel para participar do grupo de jovens da São Miguel (JUSAMI) que estava começando as suas atividades.
Éramos pobres e logo comecei a trabalhar (aos 11 anos) para ajudar o meu pai com as despesas da casa como os meus irmãos.
O grupo de Jovens naquele tempo tinha uma força de mobilização muito grande e eles realizavam encontros nos fins de semana para evangelizar a juventude.
No trabalho aprendi o oficio de serralheiro, trabalhava sem registro sofria as dificuldades de trabalhar e estudar, mas o que eu recebia entregava tudo ao meu pai e ele me dava alguma coisa para que eu não ficasse sem nada (fiz isso até os meus 19 anos quando comecei a namorar a Vera minha esposa, o meu pai disse que não precisava mais ajudar e que eu poderia cuidar da minha vida já que estava namorando).
Aconteceu que em determinado mês apareceu muito serviço (Janela, porta, Vitro) e trabalhei muito nesse tempo, foi quando o meu irmão Clovis que participava da Juventude São Miguel “JUSAMI” me chamou para participar de um encontro de fim de semana que seria numa escola.
O encontro era a minha volta a Igreja Católica, no encerramento do retiro o Frei Tomé disse que na missa de encerramento quem não tinha feito a primeira comunhão poderia comungar, pois o encontro nos preparou para receber a comunhão.
Perdido sem entender muita coisa me preparei fazendo a minha primeira confissão, o tempo passou e escureceu e no começo da noite fomos a uma capela que estava sendo construída ao lado da escola onde estava acontecendo o encontro.
Entramos na capela que estava em construção, não tinha piso, algumas tabuas no chão era o caminho para se chegar até o altar improvisado que se tinha feito na frente.
Na capela comecei a perceber que as portas, vitros, enfim toda parte de serralheria, eu quem tinha feito, isso marcou a minha primeira comunhão.
Depois de algum tempo descobri o nome daquela capela: Maria Mãe da Igreja.
Esse foi o começo do meu relacionamento com Nossa Senhora na minha primeira comunhão ela estava me aceitando como seu filho, mesmo sabendo que eu a ignorava.

Oremos
Hoje dia da Virgem de Guadalupe quero declarar que sou filho de Nossa Senhora de Guadalupe e desejo servi-la com todo amor e devoção pelo resto de minha vida. Amem!

Augusto de Santa Maria CFG

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